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Domingo, 26 de Janeiro de 2025

Alô - Educação

MEC e CAPES lançam curso de educação étnico-racial e quilombola

Iniciativa que promoverá práticas antirracistas e inclusivas em escolas públicas torna-se oficialmente nacional

PORTAL ZERO 21
Por PORTAL ZERO 21
MEC e CAPES lançam curso de educação étnico-racial e quilombola
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A CAPES e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC) lançaram nesta quinta-feira, 5 de dezembro, o curso de Extensão, Formação para Docência e Gestão para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola. A cerimônia ocorreu na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), em Minas Gerais, e oficializou a oferta da formação em âmbito nacional.

A formação será realizada por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em parceria com a UFSJ. “Participar de um programa que lidará com temáticas antirracistas, com a formação para as culturas afro-brasileiras, é um privilégio para nós, da CAPES”, disse o diretor de Educação a Distância da CAPES, Antônio Amorim. “E isso tanto por conta de trazer uma experiência diferenciada para a Universidade Aberta do Brasil, quanto o fato de que os cursos se articulam com pesquisas acadêmicas e de outras naturezas que ressaltam características fundamentais”, continuou.

A oferta é de 150 mil vagas. As inscrições devem ser feitas nos sites das próprias instituições de ensino superior que aderiram ao curso. A relação dessas 45 instituições está disponível na página de Cursos Nacionais do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), no site da CAPES. Podem participar professores e gestores da educação básica das redes pública e privada. É preciso ter diploma de graduação em curso de licenciatura em qualquer área do conhecimento ou diploma de complementação pedagógica equivalente à licenciatura.

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“O Ministério da Educação participa da luta contra o racismo e do estabelecimento da consolidação de políticas educacionais compatíveis com uma sociedade comprometida com a justiça social e com todas as políticas que a fortalecem”, afirmou a diretora de Políticas de Educação Étnico-Racial e Educação Escolar Quilombola da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC), Wilma Coelho. “Como diria Nelson Mandela, ‘ninguém nasce racista, aprende a sê-lo’. É possível também aprender a não ser”, continuou.

O curso tem carga horária de 120 horas, nas quais será trabalhado o letramento racial de profissionais que atuam na educação básica, contribuindo para a formação de professores e gestores de acordo com os princípios da Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER) e da Educação Escolar Quilombola (EEQ). A formação também promove o desenvolvimento de conhecimentos, saberes e práticas pedagógicas que valorizem tradições, culturas e línguas ancestrais ligadas à presença negra e quilombola.

“Para nós, é um orgulho participar deste momento. Sou um homem pardo. Negro. E o primeiro professor negro da universidade a ser eleito reitor”, disse o reitor da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Marcelo Andrade. “Claro que nenhuma instituição está livre do racismo estrutural. O racismo é um estado de ignorância imensurável. Infelizmente, talvez não vamos conseguir atingir a todos, mas atingir a maioria, empoderando principalmente o povo negro é um grande feito”, destacou.

O curso é composto por quatro módulos: Panorama Étnico-Racial e Quilombola Brasileiro; Culturas e territorialidades; Educação Antirracista na Prática, e Gestão Democrática para a Diversidade.

Durante a formação, além da discussão de sistemas de avaliação e da criação de projetos políticos pedagógicos, será desenvolvida uma proposta educacional antirracista, que inclui atividades pedagógicas que transformem o ambiente escolar e as relações entre professores, alunos e comunidade.

 

FONTE/CRÉDITOS: CAPES
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