A Secretaria Municipal de Cultura vem entregando uma série de obras de reforma, modernização e requalificação em 22 de seus 60 equipamentos culturais. Trata-se do programa Cultura do Amanhã, que conta com o maior investimento em reformas da história da pasta, ultrapassando os R$ 75 milhões. São areninhas, bibliotecas, teatros, museus e centros culturais, além de cinemas de rua.
A primeira leva de 2024 começou a ser entregue em abril. E já foram entregues as Biblioteca Euclides da Cunha Cocotá, na Ilha, e Machado de Assis (Botafogo), em parceria com o Sesc, os cinemas Ponto Cine (Guadalupe), Nova Brasília (Alemão) e Cine Santa (Santa Teresa); as bibliotecas Manoel Ignácio (Campo Grande), Lúcio Rangel (Tijuca), Maria Firmina (Cidade Nova) e Ziraldo (Cidade das Artes, Barra); os Teatros Carlos Gomes (Centro), Ipanema e Ziembinski (Tijuca); o Muhcab (e a Biblioteca José Bonifácio, Gamboa) e a Arena Fernando Torres (Madureira).
O pontapé inicial, aliás, foi dado no ano passado, com a inauguração do Teatro Municipal Domingos Oliveira (antes denominado “Maria Clara Machado”), no Planetário da Gávea. Fechado desde a pandemia, o espaço reabriu em grande estilo, com a aclamada peça “Tom na Fazenda”, dirigida por Rodrigo Portella e idealizada por Armando Babaioff.
Das maiores entregas, sem dúvida, destaque para o Teatro Carlos Gomes, aos 152 anos, que ganhou a maior reforma de sua história. A reabertura aconteceu com a entrega do 18º Prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro), que premia os profissionais dos palcos teatrais de todo o Brasil. O primeiro espetáculo após a retomada foi “Bibi uma vida em musical”, dia 25 de julho, com direção de Tadeu Aguiar, contando a história familiar, profissional e amorosa da grande artista brasileira, Bibi Ferreira.
Outro famoso da lista é o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), na Gamboa, que voltou depois de seis meses em obras. De papel fundamental no resgate e preservação da memória afro-brasileira. Entre as melhorias, destaque para a construção de rampas de acesso, troca completa das instalações elétricas e, sobretudo, a requalificação de todo o acervo: cerca de 180 achados arqueológicos descobertos nas obras do Porto Maravilha em torno da exposição “Achados do Valongo”.
Há vários espaços novos no Muhcab, que passa a oferecer agora salas de ensaio, informática e leitura, um mini anfiteatro, mais um auditório, outras salas expositivas, uma área com mini arquibancada e jardim para atividades com crianças e também hall de convivência.
Entregas futuras
O maior programa de investimentos em obras de reforma, modernização e requalificação ainda renderá frutos entre setembro e outubro.
Um dos mais requisitados, o Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho, o Castelinho do Flamengo, terá sua primeira fase concluída até o final do ano, e passará a oferecer nova pintura, abertura do anexo e iluminação. O Centro de Artes Calouste Gulbenkian (Centro) também será repaginado, bem como o seu Teatro Gonzaguinha. A Arena Chacrinha (Pedra de Guaratiba) e a Areninha Hermeto Pascoal (Bangu) ganharão melhorias.
Em Santa Teresa, o Parque Glória Maria e o Centro Cultural Laurinda Santos Lobo (com a Biblioteca Municipal José de Alencar) também entrarão na primeira fase de obras, visando melhorias de condições físicas e acessibilidade.
Viva o Cinema de Rua
A Secretaria de Cultura, via RioFilme, investiu na ampliação das salas de cinema de rua, investindo R$ 3,5 milhões por meio dos editais Viva o Cinema de Rua I e II, dentro do programa de fomento Pró-Carioca Audiovisual. O Cine Carioca Penha (Penha) e o novo Cine José Wilker (Laranjeiras) estarão de portas abertas em breve. O primeiro, fechado desde 2006, reabre totalmente modernizado, com duas salas, 280 lugares, novos equipamentos de som, projeção, mobiliário e climatização. Poltronas em couro, projetor DCI, ar condicionado, pintura geral nova, carpete, geladeira expositiva, toda a parte elétrica, blindex, teto, banheiros, carro escalador(acessibilidade), elevador (modernização em fase).
O José Wilker inaugura em agosto com duas salas de exibição para 66 espectadores cada. O equipamento está sendo construído no sexto edifício do Casas Casadas, conjunto arquitetônico que, hoje, abriga a RioFilme, além de um centro de estudos e pesquisas da PUC-Rio e, em breve, receberá um ponto da Universidade de Oxford, da Inglaterra.
O projeto prevê um espaço totalmente novo e modernizado, com investimentos na troca de toda a parte elétrica, hidráulica, serviços de climatização e acústica, instalação de sistema de prevenção de incêndio, modernização tecnológica, adequações de acessibilidade, com instalação de rede wi-fi, reforma e construção de instalações sanitárias, entre outras melhorias como bilhetagem e totem eletrônico, iluminação externa, reforma do jardim e da fachada.
Lonas serão Areninhas
A Secretaria Municipal de Cultura do Rio está finalizando a transformação de todas as suas seis lonas culturais em areninhas como parte do Cultura do Amanhã.
As novas areninhas serão totalmente transformadas e entregues com uma estrutura de isolamento acústico, climatização, além de outras melhorias, para garantir mais qualidade e conforto tanto para o público quanto para o artista. A estrutura de Areninha possibilita, também, maior acessibilidade por meio da instalação de elevadores. O custo de cada obra gira em torno de R$ 2,5 milhões.
São 13 lonas, arenas e areninhas na rede da Secretaria Municipal de Cultura, todas instaladas nas zonas Norte e Oeste. Já foram transformadas em areninhas as seguintes lonas: Herbert Vianna (Maré); João Bosco (Vista Alegre); Terra (Guadalupe). Só restam duas para virar areninhas, uma já em obra, a Jacob do Bandolim, em Jacarepaguá (e a sua nova Biblioteca Milton Santos), em processo de licitação, a Carlos Zéfiro, em Anchieta, que ficará pronta até o final do ano.
Bibliotecas do Amanhã
Outro programa da Secretaria Municipal de Cultura, o Bibliotecas do Amanhã, tem como objetivo a recuperação e a modernização de suas bibliotecas e espaços de leitura municipais.
O investimento é de mais de R$ 30 milhões, recursos que contemplam a aquisição de acervo, tecnologias assistivas, novo mobiliário, reformas estruturais e a implementação de um projeto educativo e cultural para cada espaço.
O programa foi desenhado a partir de 4 pilares fundamentais: acessibilidade, fruição cultural, tecnologia e acervo qualificado. A ideia é que as bibliotecas e salas de leitura sejam lugares de fruição e produção cultural, e também de estudo e integração da comunidade.
Já foram entregues as Biblioteca Euclides da Cunha Cocotá, na Ilha, e Machado de Assis (Botafogo), em parceria com o Sesc, Manoel Ignácio (Campo Grande), Lúcio Rangel (Tijuca), Maria Firmina (Cidade Nova) e Ziraldo (Cidade das Artes, Barra). Todas elas emprestam livros gratuitamente, basta levar uma foto 3×4 e comprovante de residência.
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